sexta-feira, outubro 27, 2006
quarta-feira, outubro 25, 2006
Diálogo
Um prólogo:
Na minha escola introduziram um sistema de cartões electrónicos que servem para tudo. Passa-se o cartão à entrada, quando se entra na escola, depois utiliza-se o cartão para tudo, carrega-se com dinheiro na papelaria e, só através deste sistema, se tem acesso aos vários serviços que a escola oferece. O sistema começou na segunda-feira dia 23 de Outubro. Excepcionalmente, na segunda feira, ainda se podiam comprar coisas no bar ou na papelaria e reprografia com dinheiro, a partir de hoje o uso do cartão era obrigatório.
Outro prólogo:
Para quem me conhece bem, sabe que eu leio tudo aquilo que encontro em placards, além disso, ainda construo menmónicas com o que leio para conseguir visualizar e memorizar o que diz em cada placard, pois não aponto nada em lado nenhum. Aliás, na faculdade, eu e o Flipinho da Madeira eramos conhecidos por sabermos tudo o que estava nas paredes de cada andar, porque utilizavamos os cartazes antigos para cadernos de apontamentos.
Sexta-feira, 20 de Outubro de 2006
Local: ESSA, sala de fumo.
Hora: 23,00H.
A- Sabem que a partir de segunda-feira os alunos só podem comprar coisas com o cartão.
Loca- Qual cartão?
G- Cartão? Comprar coisas com cartão?
(poderia repetir aqui a pergunta mil vezes porque, tirando A. ninguém sabia que eram necessários cartões.)
...
Loca- Mas como soubeste dos cartões? E nós? Continuamos a comprar com dinheiro? Ou também vamos ter um cartão?
A- Nós vamos ter cartão. Eu já entreguei a minha fotografia há mais de um mês e hoje fui buscar o cartão. Querem ver?
(A. mostra-nos o cartão. Ficámos todos boquiabertos...)
A- Vocês não entregaram fotografia no executivo?
Todos os outros- Não. Nem sabia que era preciso, como soubeste?
A- Sei lá, acho que vi no placard.
Loca- No placard? Onde? Em qual? Quando?
A- Ali. (e aponta para a sala de professores. Fiquei na mesma, aliás, se fosse desenho animado, tinham-se visto mil pontos de interrogação sobre a minha cabeça, a dançarinhar e a mudar de cores, a lembrar-me do que estava em cada placard e, onde haveria um papel que eu ainda não tivesse lido.)
Segunda-feira, 23 de Outubro de 2006
Local: ESSA, Conselho Executivo.
Hora: 19,00H.
Loca- Vim entregar a minha fotografia para o cartão.
G- Obrigada, passa cá depois para o levantares.
Terça-feira, 24 de Outubro de 2006
Local: ESSA, Conselho Executivo.
Hora: 17,00H.
Loca- Passei aqui para saber quando é que o meu cartão está pronto.
C- Quando entregaste a fotografia?
Loca- Ontem à noite.
C- Então, só lá para segunda feira.
(Pensei cá com os meus botões: Bem, então devemos poder comprar comida com dinheiro e fui para o bar. Aí fui informada que teria que utilizar o cartão. Expliquei que só soube da existência do cartão na sexta feira anterior e, que no conselho executivo me tinham dito que o meu cartão só estaria pronto na semana seguinte. A senhora do bar disse então que o conselho executivo estava a fazer uns cartões provisórios para estes casos.)
Terça-feira, 24 de Outubro de 2006
Local: ESSA, Conselho Executivo.
Hora: 17,30H.
Loca- Informaram-me agora no bar que vocês estão a fazer uns cartões provisórios para se poder comprar comida...
C- Ah isso é com o J. (e foi chamá-lo)
J- Colega!... (abstenho-me de dizer aqui o que são os colegas da minha terra!) Nós realmente estamos a fazer uns cartões provisórios mas só para substituir alguns dos cartões dos alunos que vieram com defeito e não funcionam.
Loca- Pois, 'tá bem mas entretanto como é que eu faço para comer? Entrei às 13,30h, ainda não comi porque não tenho cartão, vou dar aulas à noite, também não posso jantar?
J- Terias que ter entregue a fotografia para o cartão com antecedência...
Loca- Pois com certeza, tens razão. O problema é que eu só soube, por acaso, na sexta feira da existência dos cartões.
J- Pois não posso fazer nada. Foram avisados desde Junho que teriam que entregar uma fotografia para o cartão. Tiveram Junho, Julho, Agosto e Setembro para entregar uma fotografia.
(Esbugalharam-se-me os olhos, arrepiaram-se as sobrancelhas e, arrependi-me mil vezes de não ter feito a depilação, porque os pelos das pernas espetaram-se nas calças de ganga, dando-me dores horrendas que me atravessaram a espinha...)
Loca- Se calhar tens razão, mas em Junho, Julho e Agosto eu nem fazia ideia de que em Setembro estaria nesta escola. E desde o dia 1 de Setembro, quando me apresentei pela primeira vez nesta escola, não fui informada de que teria que entregar uma fotografia para utilizar os serviços da escola.
J- Pois não posso fazer nada.
Loca (fazendo de conta que ainda não tinha percebido)- Então esta semana toda, vou dar aulas até à meia-noite sem poder utilizar os serviços do bar? Vou estar uma semana inteira sem comer?
J. não respondia e Loca, impávida e serena, ficou à espera que a resposta viesse. J. foi o primeiro a ceder.
J- Diz-me lá o teu nome.
Disse o meu nome, J. foi ao computador, introduziu os dados e, em menos de um minuto fez-me o proibido cartão provisório.
J- Quando vier o teu cartão definitivo tens que entregar esse. E nem sei bem como vai ser para o substituir porque ainda não tive caso nenhum destes, nem sei se vai ser possível...
Agradeci, vim-me embora a ferver e a pensar. Não devias ter cedido meu "filho da asneira", porque enquanto te decidias a responder-me, eu já tinha feito o filme todo. Ia-me embora do meu orgão executivo com a informação de que teria que passar uma semana sem acesso aos serviços da escola, porque em Junho quando informaram os docentes da necessidade de entregar uma fotografia, eu pertencia a outra escola diferente, e, por isso, não pude entregar uma fotografia numa escola cuja existência eu desconhecia, mas... e é para isso que elas existem, haveria de reclamar e pedir explicações à presidente por escrito, e ainda, com conhecimento à DREL e ao Ministério da Educação.
Será que é tão difícil perceber que os professores novos numa escola não sabem o funcionamento específico desta se não forem informados? Será que era difícil pedir-se a tal fotografia juntamente com o preenchimento dos papéis de aceitação do horário? Será que era irrealizável ter "lembrado" os coordenadores de departamento para informarem os novos professores na primeira reunião, em Setembro, para a necessidade de entregar uma fotografia? São tudo impossíveis, eu sei, num sistema que promove a burocracia e a estupidez, nada mais seria de esperar!...Mas porque é que eu continuo a gostar de ser professora?
Na minha escola introduziram um sistema de cartões electrónicos que servem para tudo. Passa-se o cartão à entrada, quando se entra na escola, depois utiliza-se o cartão para tudo, carrega-se com dinheiro na papelaria e, só através deste sistema, se tem acesso aos vários serviços que a escola oferece. O sistema começou na segunda-feira dia 23 de Outubro. Excepcionalmente, na segunda feira, ainda se podiam comprar coisas no bar ou na papelaria e reprografia com dinheiro, a partir de hoje o uso do cartão era obrigatório.
Outro prólogo:
Para quem me conhece bem, sabe que eu leio tudo aquilo que encontro em placards, além disso, ainda construo menmónicas com o que leio para conseguir visualizar e memorizar o que diz em cada placard, pois não aponto nada em lado nenhum. Aliás, na faculdade, eu e o Flipinho da Madeira eramos conhecidos por sabermos tudo o que estava nas paredes de cada andar, porque utilizavamos os cartazes antigos para cadernos de apontamentos.
Sexta-feira, 20 de Outubro de 2006
Local: ESSA, sala de fumo.
Hora: 23,00H.
A- Sabem que a partir de segunda-feira os alunos só podem comprar coisas com o cartão.
Loca- Qual cartão?
G- Cartão? Comprar coisas com cartão?
(poderia repetir aqui a pergunta mil vezes porque, tirando A. ninguém sabia que eram necessários cartões.)
...
Loca- Mas como soubeste dos cartões? E nós? Continuamos a comprar com dinheiro? Ou também vamos ter um cartão?
A- Nós vamos ter cartão. Eu já entreguei a minha fotografia há mais de um mês e hoje fui buscar o cartão. Querem ver?
(A. mostra-nos o cartão. Ficámos todos boquiabertos...)
A- Vocês não entregaram fotografia no executivo?
Todos os outros- Não. Nem sabia que era preciso, como soubeste?
A- Sei lá, acho que vi no placard.
Loca- No placard? Onde? Em qual? Quando?
A- Ali. (e aponta para a sala de professores. Fiquei na mesma, aliás, se fosse desenho animado, tinham-se visto mil pontos de interrogação sobre a minha cabeça, a dançarinhar e a mudar de cores, a lembrar-me do que estava em cada placard e, onde haveria um papel que eu ainda não tivesse lido.)
Segunda-feira, 23 de Outubro de 2006
Local: ESSA, Conselho Executivo.
Hora: 19,00H.
Loca- Vim entregar a minha fotografia para o cartão.
G- Obrigada, passa cá depois para o levantares.
Terça-feira, 24 de Outubro de 2006
Local: ESSA, Conselho Executivo.
Hora: 17,00H.
Loca- Passei aqui para saber quando é que o meu cartão está pronto.
C- Quando entregaste a fotografia?
Loca- Ontem à noite.
C- Então, só lá para segunda feira.
(Pensei cá com os meus botões: Bem, então devemos poder comprar comida com dinheiro e fui para o bar. Aí fui informada que teria que utilizar o cartão. Expliquei que só soube da existência do cartão na sexta feira anterior e, que no conselho executivo me tinham dito que o meu cartão só estaria pronto na semana seguinte. A senhora do bar disse então que o conselho executivo estava a fazer uns cartões provisórios para estes casos.)
Terça-feira, 24 de Outubro de 2006
Local: ESSA, Conselho Executivo.
Hora: 17,30H.
Loca- Informaram-me agora no bar que vocês estão a fazer uns cartões provisórios para se poder comprar comida...
C- Ah isso é com o J. (e foi chamá-lo)
J- Colega!... (abstenho-me de dizer aqui o que são os colegas da minha terra!) Nós realmente estamos a fazer uns cartões provisórios mas só para substituir alguns dos cartões dos alunos que vieram com defeito e não funcionam.
Loca- Pois, 'tá bem mas entretanto como é que eu faço para comer? Entrei às 13,30h, ainda não comi porque não tenho cartão, vou dar aulas à noite, também não posso jantar?
J- Terias que ter entregue a fotografia para o cartão com antecedência...
Loca- Pois com certeza, tens razão. O problema é que eu só soube, por acaso, na sexta feira da existência dos cartões.
J- Pois não posso fazer nada. Foram avisados desde Junho que teriam que entregar uma fotografia para o cartão. Tiveram Junho, Julho, Agosto e Setembro para entregar uma fotografia.
(Esbugalharam-se-me os olhos, arrepiaram-se as sobrancelhas e, arrependi-me mil vezes de não ter feito a depilação, porque os pelos das pernas espetaram-se nas calças de ganga, dando-me dores horrendas que me atravessaram a espinha...)
Loca- Se calhar tens razão, mas em Junho, Julho e Agosto eu nem fazia ideia de que em Setembro estaria nesta escola. E desde o dia 1 de Setembro, quando me apresentei pela primeira vez nesta escola, não fui informada de que teria que entregar uma fotografia para utilizar os serviços da escola.
J- Pois não posso fazer nada.
Loca (fazendo de conta que ainda não tinha percebido)- Então esta semana toda, vou dar aulas até à meia-noite sem poder utilizar os serviços do bar? Vou estar uma semana inteira sem comer?
J. não respondia e Loca, impávida e serena, ficou à espera que a resposta viesse. J. foi o primeiro a ceder.
J- Diz-me lá o teu nome.
Disse o meu nome, J. foi ao computador, introduziu os dados e, em menos de um minuto fez-me o proibido cartão provisório.
J- Quando vier o teu cartão definitivo tens que entregar esse. E nem sei bem como vai ser para o substituir porque ainda não tive caso nenhum destes, nem sei se vai ser possível...
Agradeci, vim-me embora a ferver e a pensar. Não devias ter cedido meu "filho da asneira", porque enquanto te decidias a responder-me, eu já tinha feito o filme todo. Ia-me embora do meu orgão executivo com a informação de que teria que passar uma semana sem acesso aos serviços da escola, porque em Junho quando informaram os docentes da necessidade de entregar uma fotografia, eu pertencia a outra escola diferente, e, por isso, não pude entregar uma fotografia numa escola cuja existência eu desconhecia, mas... e é para isso que elas existem, haveria de reclamar e pedir explicações à presidente por escrito, e ainda, com conhecimento à DREL e ao Ministério da Educação.
Será que é tão difícil perceber que os professores novos numa escola não sabem o funcionamento específico desta se não forem informados? Será que era difícil pedir-se a tal fotografia juntamente com o preenchimento dos papéis de aceitação do horário? Será que era irrealizável ter "lembrado" os coordenadores de departamento para informarem os novos professores na primeira reunião, em Setembro, para a necessidade de entregar uma fotografia? São tudo impossíveis, eu sei, num sistema que promove a burocracia e a estupidez, nada mais seria de esperar!...Mas porque é que eu continuo a gostar de ser professora?
quarta-feira, outubro 18, 2006
Ts, Ps e Ds
sexta-feira, outubro 13, 2006
Escola nova, horta nova!
Temos que nos render às evidências, aceitar aquilo que não podemos alterar e torná-lo o mais agradável possível, por isso, nesta escola nova propus ao Conselho Executivo um projecto para trocar pelas horas de sala de estudo que tinha no horário. Não me tiraram a sala de estudo mas, melhor ainda, trocaram-me as horas de aulas de substituição pelo projecto. Vou ter um espaço para desenvolver uma horta biológica com a turma de Biologia Humana.
Atribuiram-me duas horas por semana para trabalhar nesse projecto com os alunos. Para já está a resultar bem, o responsável pelos espaços exteriores da escola, bem como o jardineiro (sim, esta escola tem um jardineiro fabuloso, muito aplicado que mantém os espaços lindíssimos e bem tratados, o sr. Mário) foram muito receptivos ao projecto e ajudarão com materiais e manutenção. Os alunos, para já, mostram-se contentes por terem parte das aulas no exterior. Esta é uma turma do Curso Tecnológico de Desporto e, normalmente, não são nada receptivos às disciplinas mais teóricas. Por enquanto ainda só foram à horta duas vezes: uma para conhecerem o nosso espaço e outra, para arrancar ervas daninhas.
Temos um problema, no entanto, a terra aqui é boa para os pinheiros, portanto, pobre para outras árvores e legumes. Vou precisar de adubos (tudo orgânico) e terra boa para preparar o espaço para a primavera, ninguém tem conhecimentos por aí de alguém que nos queira dar bosta e terra boa?
Atribuiram-me duas horas por semana para trabalhar nesse projecto com os alunos. Para já está a resultar bem, o responsável pelos espaços exteriores da escola, bem como o jardineiro (sim, esta escola tem um jardineiro fabuloso, muito aplicado que mantém os espaços lindíssimos e bem tratados, o sr. Mário) foram muito receptivos ao projecto e ajudarão com materiais e manutenção. Os alunos, para já, mostram-se contentes por terem parte das aulas no exterior. Esta é uma turma do Curso Tecnológico de Desporto e, normalmente, não são nada receptivos às disciplinas mais teóricas. Por enquanto ainda só foram à horta duas vezes: uma para conhecerem o nosso espaço e outra, para arrancar ervas daninhas.
Temos um problema, no entanto, a terra aqui é boa para os pinheiros, portanto, pobre para outras árvores e legumes. Vou precisar de adubos (tudo orgânico) e terra boa para preparar o espaço para a primavera, ninguém tem conhecimentos por aí de alguém que nos queira dar bosta e terra boa?
quinta-feira, outubro 12, 2006
segunda-feira, outubro 09, 2006
Meu Portugal
De risos e quimeras e canções
Tens dentro de ti, esse teu peito encerra,
Tudo que faz bater os corações!
Tens o fado. A canção triste e bendita
Que todos cantam pela vida fora;
O fado que dá vida e que palpita
Na calma da guitarra aonde mora!
Tu tens também a embriaguez suave
Dos campos, da paisagem ao sol poente,
E esse sol é como um canto d'ave
Que expira à beira-mar, suavemente...
Tu tens, ó Pátria minha, as raparigas
Mais frescas, mais gentis do orbe imenso,
Tens os beijos, os risos, as cantigas
De seus lábios de sangue!... Às vezes, penso
Que tu és, Pátria minha, branca fada
Boa e linda que Deus sonhou um dia,
Para lançar no mundo, ó Pátria amada
A beleza eterna, a arte, a poesia!...
Florbela Espanca, in Poesia Completa
Ontem fui ajudar o meu antigo orientador de estágio, que estava a ajudar a madrinha dum amigo dele a pintar as paredes e madeiras de um stand de automóveis. O que nós tínhamos que fazer era bastante simples. Num recanto, onde será o atendimento ao cliente, teríamos que pintar paredes, tecto e madeiras, dando-lhe um ar mais atraente e vivo do que o que tinha. As cores foram escolhidas pelos homens, já se vê... vários tons de amarelo e azul! Eu pessoalmente detesto essa mistura, só gosto dela quando bem mexida para dar um maravilhoso verde, mas... eles queriam-me lá não pelo meu excelente gosto (eh eh...), mas pela minha experiência de pinturas e, sobretudo, de desenrascanço.
As paredes foram cimentadas e rebocadas porque se deitou abaixo uma coluna que não estava lá a fazer nada e, uma delas, estava cheia de cola. Tivemos que dar quatro demãos de tinta para esconder as marcas das imperfeições em duas das paredes e, nas outras duas, cinco demãos, porque o amarelo era mais clarinho e transparente. O tecto, antes cinzento, parecia que tinha havido lá um incêndio, levou apenas uma demão de tinta branca, que foi deixada ao ar para secar, ficando mais grossa. Está pronto! Ou não, depende do tempo que sobrar hoje. As paredes externas ao recanto ficaram azuis e, a madeira da parte de baixo, foi pintada com efeitos com creme e azul. A cor e o efeito envelhecido deram-lhe um ar mais atraente do que o que tinha antes, castanho e feio de madeira velha. Para hoje sobraram os efeitos das paredes amarelas do recanto. Numa vamos fazer esponjeados com o amarelo clarinho da parede contígua e, na outra, vamos utilizar uma mistura de amarelos, branco e um bocadito de azul que ficou a dar sopa no tabuleiro no final da pintura das paredes externas (sempre consegui levar a minha avante e esverdear um bocadito um dos amarelos eh eh...). Nós os três queríamos continuar e pintar o stand todo mas os donos não nos deixam. Não conseguem ter mais tempo o stand fechado e as tintas para uma área desta dimensão são muito caras, sobretudo as que foram utilizadas nas madeiras. Mas como nós os três não largamos pé e, normalmente, conseguimos levar a nossa avante, provavelmente, conseguiremos convencê-los a deixarem-nos, pelo menos, pintar as madeiras da parte debaixo das paredes. Aos bocados, por áreas pequeninas, mas... com o tempo havemos de conseguir convencê-los.
Tudo isto para vos dizer que cada vez mais eu gosto muito de Portugal. Adoro as cidades com as suas construções tão díspares, com os contrastes entre novo e velho em cada esquina por onde passamos... A casa onde está o stand é daquelas velhinhas, lindíssimas, com azulejos nas fachadas e janelas de madeira recortada. Adoro! Está à venda, toda podre e, a madrinha do amigo do meu amigo, dona do stand, tem a chave porque já foi necessário ir lá acima por causa de infiltrações no R/C. Levou-nos lá numa visita guiada e... adorei! A casa é daquelas com muitas divisões umas grandes, outras minúsculas, com as paredes pintadas em trompe l'oeil, como já não se faz mais, com sotão e águas furtadas e com um quintal na parte de trás, grande, a perder de vista. Pena que não tenho dinheiro!...
Uma das salas fez os meus encantos. Toda coberta de painéis pintados na parte superior das paredes, com antigas vistas de Setúbal e arredores, e, com imitação de madeira na parte inferior das paredes e tecto. Tirando alguns frisos que separam as duas partes das paredes e emolduram os quadros, ao contrário do que parece, todas as paredes são inteiramente lisas. Os painéis estão maravilhosamente bem feitos, ora vejam:
Tenho pena é que a solução para esta casa seja mais uma daquelas frequentes neste meu Portugal, deixar cair e fazer de novo com linhas e construções modernas. Volto a dizer: pena que não tenho dinheiro!
As paredes foram cimentadas e rebocadas porque se deitou abaixo uma coluna que não estava lá a fazer nada e, uma delas, estava cheia de cola. Tivemos que dar quatro demãos de tinta para esconder as marcas das imperfeições em duas das paredes e, nas outras duas, cinco demãos, porque o amarelo era mais clarinho e transparente. O tecto, antes cinzento, parecia que tinha havido lá um incêndio, levou apenas uma demão de tinta branca, que foi deixada ao ar para secar, ficando mais grossa. Está pronto! Ou não, depende do tempo que sobrar hoje. As paredes externas ao recanto ficaram azuis e, a madeira da parte de baixo, foi pintada com efeitos com creme e azul. A cor e o efeito envelhecido deram-lhe um ar mais atraente do que o que tinha antes, castanho e feio de madeira velha. Para hoje sobraram os efeitos das paredes amarelas do recanto. Numa vamos fazer esponjeados com o amarelo clarinho da parede contígua e, na outra, vamos utilizar uma mistura de amarelos, branco e um bocadito de azul que ficou a dar sopa no tabuleiro no final da pintura das paredes externas (sempre consegui levar a minha avante e esverdear um bocadito um dos amarelos eh eh...). Nós os três queríamos continuar e pintar o stand todo mas os donos não nos deixam. Não conseguem ter mais tempo o stand fechado e as tintas para uma área desta dimensão são muito caras, sobretudo as que foram utilizadas nas madeiras. Mas como nós os três não largamos pé e, normalmente, conseguimos levar a nossa avante, provavelmente, conseguiremos convencê-los a deixarem-nos, pelo menos, pintar as madeiras da parte debaixo das paredes. Aos bocados, por áreas pequeninas, mas... com o tempo havemos de conseguir convencê-los.
Tudo isto para vos dizer que cada vez mais eu gosto muito de Portugal. Adoro as cidades com as suas construções tão díspares, com os contrastes entre novo e velho em cada esquina por onde passamos... A casa onde está o stand é daquelas velhinhas, lindíssimas, com azulejos nas fachadas e janelas de madeira recortada. Adoro! Está à venda, toda podre e, a madrinha do amigo do meu amigo, dona do stand, tem a chave porque já foi necessário ir lá acima por causa de infiltrações no R/C. Levou-nos lá numa visita guiada e... adorei! A casa é daquelas com muitas divisões umas grandes, outras minúsculas, com as paredes pintadas em trompe l'oeil, como já não se faz mais, com sotão e águas furtadas e com um quintal na parte de trás, grande, a perder de vista. Pena que não tenho dinheiro!...
Uma das salas fez os meus encantos. Toda coberta de painéis pintados na parte superior das paredes, com antigas vistas de Setúbal e arredores, e, com imitação de madeira na parte inferior das paredes e tecto. Tirando alguns frisos que separam as duas partes das paredes e emolduram os quadros, ao contrário do que parece, todas as paredes são inteiramente lisas. Os painéis estão maravilhosamente bem feitos, ora vejam:
Tenho pena é que a solução para esta casa seja mais uma daquelas frequentes neste meu Portugal, deixar cair e fazer de novo com linhas e construções modernas. Volto a dizer: pena que não tenho dinheiro!
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