domingo, setembro 28, 2008

#1 - Estou quase a obter o meu diploma....

Comente a seguinte afirmação: O equilíbrio do planeta Terra depende de vários factores.

Resposta:
Factores são:
• O nível do mar
• Temperatura
• Percentagem de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera
• Existência de poeiras na atmosfera
• Impacto com corpos vindos do espaço.

Todos os factores são importantes o nível do mar significa da existência de um dos principais factores é a nossa participação na preservação do planeta, ou seja não poluir. Não há dúvida que tudo o que tem a ver com a natureza e o equilíbrio é fundamental para haver vida.
Surgiu agora, a extenção de espécies e da natureza que se devem a situações geológicas e cosmológicas.
Um aumento de temperatura pode causar um aumento do nível do mar, resultando em enchentes e secas. Podem haver alterações de temperaturas extremas ao aquecimento global, recuo glacial.
- Os mares passam a salvar-nos do aquecimento global, observendo o excesso de (CO2) dióxido carvono produzido pelos humanos.
- O ar é fundamental para sobrevivência da Humanidade, no entanto sem qualquer cuidado, o homem tem poluído a atmosfera, alterando o seu desequilíbrio. A atmosfera é importante para a existência de vida no nosso planeta.


Um dia, eu vou mesmo escrever este livro!....

quarta-feira, setembro 24, 2008

Recebi isto por mail e gostei....

Avaliação dos professores

Opinião de uma advogada


Já que muitos jornalistas e comentadores defendem e compreendem o modelo proposto para a avaliação dos docentes, estranho que, por analogia, não o apliquem a outras profissões (médicos, enfermeiros, juízes, etc.). Se é suposto compreenderem o que está em causa e as virtualidades deste modelo, vamos imaginar a sua aplicação a uma outra profissão, os médicos.

A carreira seria dividida em duas:

Médico titular (a que apenas um terço dos profissionais poderia aspirar)
e Médico.

A avaliação seria feita pelos pares e pelo director de serviços. Assim, o médico titular teria de assistir a três sessões de consultas, por ano, dos seus subordinados, verificar o diagnóstico, tratamento e prescrição de todos os pacientes observados. Avaliaria também um portefólio com o registo de todos os doentes a cargo do médico a avaliar, com todos os planos de acção, tratamentos e respectiva análise relativa aos pacientes.

O médico teria de estabelecer, anualmente os seus objectivos: doentes a tratar, a curar, etc. A morte de qualquer paciente, ainda que por razões alheias à acção médica, seria penalizadora para o clínico, bem como todos os casos de insucesso na cura, ainda que grande parte dos doentes sofresse de doença incurável, ou terminal. Seriam avaliados da mesma forma todos os clínicos, quer a sua especialidade fosse oncologia, nefrologia ou cirurgia estética...

Poder-se-ia estabelecer a analogia completa, mas penso que os nossos 'especialistas' na área da educação não terão dificuldade em levar o exercício até ao fim. A questão é saber se consideram aceitável o modelo? Caso a resposta seja afirmativa, então porque não aplicar o mesmo, tão virtuoso, a todas as profissões?

Será???!!!

Já agora...

Poderiam começar a 'experiência' pela Assembleia da República e pelos (des)governantes...

Just because I love colors and boats....

Just because I love colors and boats.... (by Loca-Bandoca)

sexta-feira, setembro 12, 2008

Parabéns, irmã mais nova

Todos correm cada um a apanhar a sua vida.... (by Loca-Bandoca)



Este frio da manhã
A transparência do ar
Os olhos ainda estranhos
A esta luz invulgar

E essa estranha lucidez
Que se tem ao acordar
Os sentidos mal despertos
De quem acabou de chegar

Tudo ganha a essa hora
Um renovado sentido
Antes de vir o cansaço
De mais um dia vencido

Todas as Coisas as cores
Têm um cheiro diferente
Uma inocência no ar
Barca de luz transparente

Invejo a vida dos outros
A vida que eu lhes invento
Queria vivê-la por eles
E todas ao mesmo tempo

Soa a sirene do barco
Em aviso de partida
Todos correm cada um
A apanhar a sua vida

Rádio Macau

quinta-feira, setembro 11, 2008

E a vida continua!....

Aubergine.... (by Loca-Bandoca)


Este ano lectivo 2007/2008 tive, pelo segundo ano consecutivo, atribuido um bloco da componente não lectiva para desenvolver o Projecto da Horta Pedagógica. Iniciei este projecto há já uns anos, noutra escola, noutro contexto, apenas para "aproveitar" as plantas que produzíamos na extinta disciplina de Técnicas Laboratoriais de Biologia. Nessa altura, porque não gosto de deitar fora qualquer tipo de ser vivo, fui com os alunos a um dos muitos canteiros abandonados da escola e começámos a embelezá-lo. Depois de o estar a utilizar há já uns meses, em conversa com o responsável de curso de Jardinagem, falei do assunto. Ele ficou deliciado, porque era o único que arranjava o espaço exterior da escola e não conseguia tratá-lo todo. Imediatamente foi comigo ver o espaço que eu tinha ocupado, ficou contente por ver que o tinhamos limpo de ervas daninhas e que já começava a aparentar ser um espaço cuidado. Disse-me que poderia ocupar aquele canteiro todo e que, se quisesse e tivesse tempo, os dois outros próximos deste, também poderiam ser utilizados. Fiquei deliciada, desde sempre que me conheço que guardo as sementes da fruta que como, quando ela é boa, e planto-as aonde e como posso. Disse-lhe que se me cedia todo esse espaço, então iria iniciar uma Horta Biológica.

Assim o fiz.

E apesar de este projecto ser feito no meu próprio tempo, (ia quando e durante o pouco tempo que podia dispender) resultou a 100%. Não só os alunos da disciplina de TLB participavam, trazendo sementes, semeando, plantando e cuidando do espaço, dando ideias do que devíamos plantar, ensinando truques que aprenderam com os avós (sim, a escola era numa zona rural), como os alunos do 10ºano (Biologia-Geologia) começaram a querer participar. Arranjei árvores de fruto que eles plantaram e trataram durante todo o ano lectivo. Limparam os canteiros e fizeram escalas para que o espaço estivesse sempre regado. Aproveitei para utilizar este espaço para levar os alunos, que não conhecia, das turmas a que tinha que ir fazer substituições por os seus professores terem faltado. No início, os alunos achavam estranho, diziam-me com alguma frequência que não tinham vindo para a escola para andar a regar e a apanhar ervas daninhas mas, à medida que o tempo passava, sempre que tinha uma substituição, os alunos, esperavam à porta do respectivo bloco e ouvia-os dizer: Fixe, hoje vamos para a horta.

No ano seguinte, já com o projecto contemplado no meu horário, mudei de escola. São as coisas que acontecem a um professor vinculado a uma Zona Pedagógica como eu. Deveria ter ficado na escola mas, as peculiaridades do concurso fizeram-me ir para a escola onde agora me encontro.

Aqui, a primeira coisa que fiz foi visitar os espaços exteriores para ver se seria possível desenvolver o mesmo projecto. Planifiquei-o, apresentei-o ao Conselho Executivo e foi-me atribuido um bloco para que o desenvolvesse. Enquadrei-o na disciplina de Biologia Humana, do curso de Desporto, no capítulo da nutrição. Não podia, portanto, plantar senão alimentos. Novamente, arranjei árvores de fruto, sementes de produtos hortícolas, terra e ocupei o espaço que me foi cedido, debaixo de um pinheiro. Não propriamente o espaço mais apropriado mas, a cavalo dado não se olha o dente e lá fui utilizá-lo. A turma com que o iria desenvolver era muito desmotivada e bastante conflituosa com os professores. O início do ano foi horrível disciplinarmente. Todos os dias acontecia qualquer coisa com um dos professores que quase nos fazia desistir deles. Um dia, depois de terem entrado feitos loucos na minha aula, resolvi que os ia pôr a apanhar ervas daninhas como castigo. Tinha acabado de pôr estrume no campo, e aquela zona estava toda intragável. Eles, com as suas roupas de marcas, ténis XPTO, não queriam entrar ali, mas fizeram-no, devagar, aos poucos, todos começaram a colaborar. Aproveitei para tirar a foto da turma como sempre o faço, e a tarde acabou por ser bastante agradável para todos. O que tinha começado como um castigo, tinha-se tornado nuam aula maravilhosa para todos. No final, sentamo-nos e decidimos a forma como iriam participar neste projecto. Eles já não queriam vir à horta apenas durante o capítulo da nutrição, mas queriam fazê-lo de forma mais contínua. E assim aconteceu. Readaptamos o programa de forma a que pudessemos dispensar mais aulas para este projecto, e acabamos não só com bons resultados escolares mas, melhor ainda, com uma excelente relação entre professores e alunos. Adorei tê-los tido como alunos.

No ano seguinte, outra vez na mesma escola, não fiquei com essa turma devido a algumas contrariedades de que não vale a pena falar. Além do bloco que tinha já desde o ano anterior, foi-me ainda atribuido mais meio bloco não lectivo. Podia assim ir para este espaço durante dois dias da semana. Tive que readaptar o projecto para que coubesse nos currículos das novas turmas agora atribuidas e fi-lo para as turmas onde leccionava Normas e Sistemas de Gestão Ambiental. Também aqui os alunos eram difíceis. Pertenciam a turmas dos Cursos de Educação e Formação - CEF, de 8º e 9º anos mas com idades que iam até aos 18 anos. Resultou novamente. Percebi com o tempo que estas aulas práticas, em espaço exterior, fora da sala de aula permitiam estabelecer uma diferente relação entre professor e alunos que era benéfica para ambos. Os alunos lucravam imenso nas suas aprendizagens e, a mim, facilitava-me o trabalho por deixar de ter que perder tempo com sermões acerca de comportamentos.

Planeei para este ano torná-lo um projecto vertical, englobando não só diferentes grupos dentro da escola, como as escolas desde o jardim de infância, para que os miúdos pudessem perceber como crescem os legumes que comem à mesa. Foram previstas sessões teóricas de aprendizagem, sessões práticas na horta propriamente dita, sessões de confecção dos alimentos produzidos, sessões com especialistas em diabetes, em agricultura biológica, etc e o projecto foi apresentado ao Conselho Executivo no final do ano.

Para este ano lectivo, que começou a 1 de Setembro, sabia que iria ter noites novamente. Desta vez não tive nenhuma turma do ensino diurno. Foram-me atribuidas 3 turmas de EFAs - Educação e Formação de Adultos (de que falei no post anterior) e a continuidade da minha turma de 10º ano nocturno por módulos capitalizáveis. Fiquei satisfeita com a mancha horária, porque, por ser a última do grupo, sabia que não me conseguia escapar das noites e, desta forma, conseguiria passar mais tempo em casa, dando um bocadito mais de atenção aos meus três queijinhos pequeninos. A seguir fiquei espantada e desiludida por ver como, de facto, funcionam os EFA. Entretanto, como é o meu normal, achei que no fim bate sempre tudo certo e a coisa iria correr bem, até que, ontem, por estar com dúvidas sobre o que queria dizer um Centro de Recursos que tinha na minha componente não lectiva, me dirigi ao Conselho Executivo para perguntar o que tinha que fazer nesse tempo. Foi-me explicado e aproveitei para perguntar se a sigla que tinha numa das tardes era a minha Horta Pedagógica. A resposta deixou-me até agora estupefacta: Não tens alunos de dia, não tens Horta Pedagógica!

E assim se termina um projecto de 3 anos. O mais espantoso é que na minha área disciplinar - Biologia/ Geologia, desde sempre foram feitos projectos e clubes sem que os professores tivessem tempo e /ou alunos para eles. Cabia ao professor conseguir angariar alunos para o realizar, e isso sempre foi conseguido. Não consigo perceber o porquê desta decisão. Sobretudo quando é sabido por todos que a minha sanidade enquanto professora, depende daquela horinha por semana em que me posso encher de lama ou de sachos e enxadas e gastar as minhas energias nuns quantos metros de terra.

Isto não aconteceu apenas comigo, aconteceu o mesmo ou parecido com muitos dos meus colegas. Reduziram-lhes ou retiraram-lhes projectos, não foram atribuidas continuidades pedagógicas, nem respeitadas as escolhas dos horários decididas nos grupos disciplinares, entre muitas outras coisas. O que me espanta, no meio disto tudo, é verificar que a escola, apesar de querer muito ser a escola do futuro, continua a ter aquela visão pequenina e mesquinha, de quem não sabe adaptar-se e, muito menos perceber aquilo que a faria ser grande, de facto, ie, ter um corpo docente que respeitasse e percebesse as decisões do Executivo e, não apenas que as cumprisse porque a isso está obrigado. Como anteriormente termino, dizendo-vos: Quereis ser pequenos, minúsculos, desprezáveis, pois sejam! A vida continua!

segunda-feira, setembro 08, 2008

Querem que eu dê o quê? É só dizer, eu dou!!!

Manifestação de professores  - Lisboa (by Loca....)


Impressionante este sistema de ensino que temos. Amanhã vou começar as aulas aos Cursos de Educação e Formação de Adultos, mais conhecidos por EFA, englobados no famoso sistema de Novas Oportunidades tão amplamente falado pelo nosso primeiro ministro....
É interessante ver como a realidade se afasta daquilo que apregoam a sete ventos por tudo o que é meio de comunicação. Estou simplesmente pasma com o que se passa.

Estes cursos legislados pela recente Portaria 230/2008 de 7 de Março (que substitui a anterior 817/2007 de 27 de Julho) são supostamente cursos formativos, onde são apresentados ao formando, diferentes unidades formativas divididas por três grandes áreas, uma das quais é Sociedade, Tecnologia e Ciência, onde eu me enquadro como formadora. Dessa área fazem parte sete núcleos geradores de conhecimentos que são:
- Equipamentos e Sistemas Técnicos (Áreas do Saber: Física, Química, Sociologia, Economia, História, Matemática)
- Ambiente e Sustentabilidade (Áreas do Saber: Física, Química, Sociologia, História, Geografia, Matemática. Curiosamente Biologia e Geologia não são consideradas áreas do saber neste tema)
- Saúde (Áreas do Saber: Psicologia, Biologia, Química, História, Matemática)
- Gestão e Economia (Áreas do Saber: Economia, Contabilidade, Antropologia, Matemática)
- Tecnologias de Informação e Comunicação (Áreas do Saber: Economia, Sociologia, Física, Matemática)
- Urbanismo e Mobilidade (Áreas do Saber: Psicologia, Geografia, Arquitectura/ Ordenamento do Território, Física, Matemática. Curiosamente Ordenamento do Território faz parte dos saberes de arquitectura, não são necessários os conhecimentos de Geologia nem de Engenharia)
- Saberes Fundamentais (Áreas do Saber: Não especifica).

Ora eu, licenciada em Geologia, daquela purinha do calhau e dos fósseis, das saídas de campo para olhar para rochas e minerais, falhas e dobras, e afins e que, mais tarde fiz umas biologiazitas porque achei que eram necessárias para a minha formação pessoal, agora vou ter uma primeira aula em Tecnologias da Informação e Comunicação, vulgo TIC, onde além de ensinar sei lá o quê de computadores, que eu só os sei utilizar, nem bem sei ligá-los à corrente, ainda vou fazer exercícos sobre hardware (mal sei o que isto quer dizer) e outras coisas semelhantes. A seguir passo para economia, eu que não consigo gerir o meu orçamento doméstico, será possível?

Dizem-me os meus amigos, não dês as aulas, na legislação está bem específico que os formadores têm que ter habilitações nas áreas de formação que lhes competem. Ora isso, neste país é apenas um pro forma, o que é que interessam as habilitações? O que é que interessa se no final os formandos adquiriram saberes nas áreas pré definidas? Tudo isso é irrelevante, no final teremos um país iletrado, inculto, desinteressado mas muito graduado. E eu sou apenas mais uma das pedras roladas do sistema que vai e vem ao sabor das marés. Querem que eu dê formação em quê? Digam lá, seja o que for, eu dou!