sexta-feira, julho 31, 2009
domingo, julho 26, 2009
sexta-feira, julho 24, 2009
Estas recebi-as....
....como sendo as Melhores Respostas dos Piores Alunos
Sejam ou não verídicas, são deliciosas e fizeram-me rir. Lembram-me as respostas de alguns dos meus formandos deste ano....
Cá vão:
*O metro é a décima milionésima parte de um quarto do meridiano terrestre e para o cálculo dar certo arredondaram a Terra! *
*O cérebro humano tem dois lados, um para vigiar o outro.*
*O cérebro tem uma capacidade tão grande que hoje em dia, praticamente, toda a gente tem um.*
*Quando o olho vê, não sabe o que está a ver, então ele amanda uma foto eléctrica para o cérebro que lhe explica o que está a ver.*
*O nosso sangue divide-se em glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e até verdes! *
*Nas olimpíadas a competição é tanta que só cinco atletas chegam entre os dez primeiros.*
*O piloto que atravessa a barreira do som nem percebe, porque não ouve mais nada.*
*O teste do carbono 14 permite-nos saber se antigamente alguém morreu.*
*Antes mesmo da guerra a mercedes já fabricava volkswagen.*
*Pedofilia é o nome que se dá ao estudo dos pêlos.*
*O pai de D. Pedro II era D. Pedro I, e de D. Pedro I era D. Pedro 0*
*Nos aviões, os passageiros da primeira classe sofrem menos acidentes que os da classe económica.*
*O índice de fecundidade deve ser igual a 2 para garantir a reprodução das espécies, pois precisa-se de um macho e uma fêmea para fazer o bebé. Podem até ser 3 ou 4, mas chegam 2.*
*O homossexualismo, ao contrário do que todos imaginam, não é uma doença, mas ninguém quer tê-la. *
*Em 2020 a caixa de previdência já não tem dinheiro para pagar aos reformados, graças à quantidade de velhos que não querem morrer.*
*O verme conhecido como solitária é um molusco que mora no interior, mas que está muito sozinho.*
*Na segunda guerra mundial toda a Europa foi vítima da barbie nasista.*
*Cada vez mais as pessoas querem conhecer a sua família através da árvore ginecológica.*
*O hipopótamo comanda o sistema digestivo e o hipotálamo é um bicho muito perigoso.*
*A Terra vira-se nela mesma, e esse difícil movimento chama-se arrotação.*
*Lenini e Stalone eram grandes figuras do comunismo na Rússia.*
*Uma tonelada pesa pelo menos 100Kg de chumbo.*
*Quando os egípcios viam a morte a chegar, disfarçavam-se de múmia.*
*Uma linha recta deixa de ser recta quando encontra uma curva.*
*O aço é um metal muito mais resistente do que a madeira.*
*O porco é assim chamado porque é nojento.*
*A fundação do Titanic serve para mostrar a agressividade dos icebergs.*
*Para fazer uma divisão basta multiplicar subtraindo.*
*A água tem uma cor inodora.*
*O telescópio é um tubo que nos permite ver televisão de muito longe.*
*O Marechal António Spínola é conhecido principalmente por estar no dicionário.*
*A idade da pedra começa com a invenção do Bronze.*
*O sul foi posto debaixo do norte por ser mais cómodo.*
*Os rios podem escolher desembocar no mar ou na montanha.*
*A luta greco-romana causou a guerra entre esses dois países.*
*Os escravos dos romanos eram fabricados em África, mas não eram de boa qualidade.*
*O tabaco é uma planta carnívora que se alimenta de pulmões.*
*Na Idade Média os tractores eram puxados por bois, pois não tinham gasolina.*
*A baleia é um peixe mamífero encontrado em abundância nos nossos rios.*
*Quando dois átomos se encontram, vai dar uma grande merda.*
*Princípio de Arquimedes: qualquer corpo mergulhado na água, sai completamente molhado.*
*Newton foi um grande ginecologista e obstetra europeu que regulamentou a lei da gravidez e estudou os ciclos de Ogino-Knaus.*
*Pergunta: Em quantas partes se divide a cabeça?
Resposta: Depende da força da cacetada.*
*A trompa de Eustáquio é um instrumento musical de sopro, inventado pelo grande músico belga Eustáquio, de Bruxelas.*
*Parasitismo é o facto de um gajo não trabalhar e viver à 'pala' dos outros, de dinheiro, cigarros e outros bens materiais.*
*Ecologia é o estudo dos ecos, isto é, da ida e vinda dos sons.*
*A Biologia é o estudo da saúde. E para beneficiar a saúde é que foi inventado o biotónico.*
*As constelações servem para clareficar a noite.*
*Ao princípio os índios eram muito atrasados mas com o tempo foram-se sifilizando.*
*O Convento dos Capuchos foi construído no céculo 16 mas só no céculo 17 foi levado definitivamente para o alto do monte.*
*A História divide-se em 4: Antiga, Média, Momentânea e Futura, a mais estudada hoje*
*A Bigamia era uma espécie de carroça dos gladiadores, puchada por dois cavalos.*
*As aves teem na boca um dente chamado bico.*
*A Terra é um dos planetas mais conhecidos e habitados do mundo.*
Sejam ou não verídicas, são deliciosas e fizeram-me rir. Lembram-me as respostas de alguns dos meus formandos deste ano....
Cá vão:
*O metro é a décima milionésima parte de um quarto do meridiano terrestre e para o cálculo dar certo arredondaram a Terra! *
*O cérebro humano tem dois lados, um para vigiar o outro.*
*O cérebro tem uma capacidade tão grande que hoje em dia, praticamente, toda a gente tem um.*
*Quando o olho vê, não sabe o que está a ver, então ele amanda uma foto eléctrica para o cérebro que lhe explica o que está a ver.*
*O nosso sangue divide-se em glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e até verdes! *
*Nas olimpíadas a competição é tanta que só cinco atletas chegam entre os dez primeiros.*
*O piloto que atravessa a barreira do som nem percebe, porque não ouve mais nada.*
*O teste do carbono 14 permite-nos saber se antigamente alguém morreu.*
*Antes mesmo da guerra a mercedes já fabricava volkswagen.*
*Pedofilia é o nome que se dá ao estudo dos pêlos.*
*O pai de D. Pedro II era D. Pedro I, e de D. Pedro I era D. Pedro 0*
*Nos aviões, os passageiros da primeira classe sofrem menos acidentes que os da classe económica.*
*O índice de fecundidade deve ser igual a 2 para garantir a reprodução das espécies, pois precisa-se de um macho e uma fêmea para fazer o bebé. Podem até ser 3 ou 4, mas chegam 2.*
*O homossexualismo, ao contrário do que todos imaginam, não é uma doença, mas ninguém quer tê-la. *
*Em 2020 a caixa de previdência já não tem dinheiro para pagar aos reformados, graças à quantidade de velhos que não querem morrer.*
*O verme conhecido como solitária é um molusco que mora no interior, mas que está muito sozinho.*
*Na segunda guerra mundial toda a Europa foi vítima da barbie nasista.*
*Cada vez mais as pessoas querem conhecer a sua família através da árvore ginecológica.*
*O hipopótamo comanda o sistema digestivo e o hipotálamo é um bicho muito perigoso.*
*A Terra vira-se nela mesma, e esse difícil movimento chama-se arrotação.*
*Lenini e Stalone eram grandes figuras do comunismo na Rússia.*
*Uma tonelada pesa pelo menos 100Kg de chumbo.*
*Quando os egípcios viam a morte a chegar, disfarçavam-se de múmia.*
*Uma linha recta deixa de ser recta quando encontra uma curva.*
*O aço é um metal muito mais resistente do que a madeira.*
*O porco é assim chamado porque é nojento.*
*A fundação do Titanic serve para mostrar a agressividade dos icebergs.*
*Para fazer uma divisão basta multiplicar subtraindo.*
*A água tem uma cor inodora.*
*O telescópio é um tubo que nos permite ver televisão de muito longe.*
*O Marechal António Spínola é conhecido principalmente por estar no dicionário.*
*A idade da pedra começa com a invenção do Bronze.*
*O sul foi posto debaixo do norte por ser mais cómodo.*
*Os rios podem escolher desembocar no mar ou na montanha.*
*A luta greco-romana causou a guerra entre esses dois países.*
*Os escravos dos romanos eram fabricados em África, mas não eram de boa qualidade.*
*O tabaco é uma planta carnívora que se alimenta de pulmões.*
*Na Idade Média os tractores eram puxados por bois, pois não tinham gasolina.*
*A baleia é um peixe mamífero encontrado em abundância nos nossos rios.*
*Quando dois átomos se encontram, vai dar uma grande merda.*
*Princípio de Arquimedes: qualquer corpo mergulhado na água, sai completamente molhado.*
*Newton foi um grande ginecologista e obstetra europeu que regulamentou a lei da gravidez e estudou os ciclos de Ogino-Knaus.*
*Pergunta: Em quantas partes se divide a cabeça?
Resposta: Depende da força da cacetada.*
*A trompa de Eustáquio é um instrumento musical de sopro, inventado pelo grande músico belga Eustáquio, de Bruxelas.*
*Parasitismo é o facto de um gajo não trabalhar e viver à 'pala' dos outros, de dinheiro, cigarros e outros bens materiais.*
*Ecologia é o estudo dos ecos, isto é, da ida e vinda dos sons.*
*A Biologia é o estudo da saúde. E para beneficiar a saúde é que foi inventado o biotónico.*
*As constelações servem para clareficar a noite.*
*Ao princípio os índios eram muito atrasados mas com o tempo foram-se sifilizando.*
*O Convento dos Capuchos foi construído no céculo 16 mas só no céculo 17 foi levado definitivamente para o alto do monte.*
*A História divide-se em 4: Antiga, Média, Momentânea e Futura, a mais estudada hoje*
*A Bigamia era uma espécie de carroça dos gladiadores, puchada por dois cavalos.*
*As aves teem na boca um dente chamado bico.*
*A Terra é um dos planetas mais conhecidos e habitados do mundo.*
quarta-feira, julho 22, 2009
terça-feira, julho 21, 2009
domingo, julho 12, 2009
quarta-feira, julho 08, 2009
Quando será?....
"MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Direcção-Geral dos Recursos Humanos da Educação
Aviso n.º 11875/2009
Concurso de educadores de infância e de professores dos ensinos básico e secundário para o ano escolar de 2009 -2010, nos termos do previsto e regulado pelo Decreto-Lei n.º 20/2006, de 31 de Janeiro, na redacção dada pelo Decreto -Lei n.º 51/2009, de 27 de Fevereiro, adiante e para todos os efeitos designado por Decreto-Lei n.º20/2006.
VIII — Prazo para a manifestação de preferências para destacamentos e contratação
1 — O prazo para a manifestação de preferências para os concursos de destacamento por condições específicas, destacamento para aproximação à residência familiar e para contratação, previstos no n.º 1.5 do capítulo VII do aviso n.º 5432 -A/2009 (2.ª série), de abertura do concurso, é de cinco dias úteis e decorrerá de 20 a 24 de Julho.
2 — O prazo para a manifestação de preferências para o concurso de destacamento por ausência da componente lectiva, previsto no n.º 1.5 do capítulo VII do aviso n.º5432 -A/2009 (2.ª série), de abertura do concurso, é de cinco dias úteis e decorrerá de 31 de Julho a 6 de Agosto.
IX — Manifestação de preferências para destacamentos e contratação
1 — A manifestação de preferências para os concursos de destacamento por ausência da componente lectiva, condições específicas e para aproximação à residência familiar, e contratação será efectuada através de aplicação electrónica disponível no sítio da DGRHE em www.dgrhe.min -edu.pt, nos prazos referidos nos números 1 e 2 do capítulo anterior.
2 — As instruções sobre o acesso à aplicação de manifestação de preferências e correspondente preenchimento encontram -se no respectivo manual, a ser disponibilizado no sítio da DGRHE, para fácil acesso e impressão pelos candidatos."
Vamos ver se eu entendo:
1º No nº 1 do Ponto VIII do Aviso 11875/2009, de 6 de Julho vêm estipulados os prazos para candidatura aos destacamentos por condições específicas, destacamentos para aproximação à residência familiar e para contratação, ora eu, PQZPND (Professora de Quadro de Zona Pedagógica de Nomeação Definitiva) não me englobo em nenhum desses pontos. Não estou doente, nem nada que o valha, logo não caibo nos destacamentos das condições específicas. Não posso pedir destacamento por aproximação à residência, porque nesta altura do campeonato, ainda estou no limbo e, esse é difícil de especificar geograficamente, às tantas até é próximo da residência.
Não concorro a contratação, uma vez que já sou professora efectiva de zona, portanto passo ao ponto seguinte.
2º No nº2 do Ponto VIII do Aviso 11875/2009, de 6 de Julho vêm estipulados os prazos para candidatura aos destacamentos por ausência de componente lectiva e, que eu saiba, no limbo não há nem deixa de haver componente lectiva, logo também não me enquadro aqui.
Então quando é a pôrra do prazo para os PQZP fazerem a sua afectação às escolas? Será que passamos definitivamente a fazer parte do limbo? Para sempre?....
Vou ali novamente espreitar o Aviso n.º 5432 -A/2009 (2.ª série), de abertura dos concursos, que pode ser que me esclareça.
Direcção-Geral dos Recursos Humanos da Educação
Aviso n.º 11875/2009
Concurso de educadores de infância e de professores dos ensinos básico e secundário para o ano escolar de 2009 -2010, nos termos do previsto e regulado pelo Decreto-Lei n.º 20/2006, de 31 de Janeiro, na redacção dada pelo Decreto -Lei n.º 51/2009, de 27 de Fevereiro, adiante e para todos os efeitos designado por Decreto-Lei n.º20/2006.
VIII — Prazo para a manifestação de preferências para destacamentos e contratação
1 — O prazo para a manifestação de preferências para os concursos de destacamento por condições específicas, destacamento para aproximação à residência familiar e para contratação, previstos no n.º 1.5 do capítulo VII do aviso n.º 5432 -A/2009 (2.ª série), de abertura do concurso, é de cinco dias úteis e decorrerá de 20 a 24 de Julho.
2 — O prazo para a manifestação de preferências para o concurso de destacamento por ausência da componente lectiva, previsto no n.º 1.5 do capítulo VII do aviso n.º5432 -A/2009 (2.ª série), de abertura do concurso, é de cinco dias úteis e decorrerá de 31 de Julho a 6 de Agosto.
IX — Manifestação de preferências para destacamentos e contratação
1 — A manifestação de preferências para os concursos de destacamento por ausência da componente lectiva, condições específicas e para aproximação à residência familiar, e contratação será efectuada através de aplicação electrónica disponível no sítio da DGRHE em www.dgrhe.min -edu.pt, nos prazos referidos nos números 1 e 2 do capítulo anterior.
2 — As instruções sobre o acesso à aplicação de manifestação de preferências e correspondente preenchimento encontram -se no respectivo manual, a ser disponibilizado no sítio da DGRHE, para fácil acesso e impressão pelos candidatos."
Vamos ver se eu entendo:
1º No nº 1 do Ponto VIII do Aviso 11875/2009, de 6 de Julho vêm estipulados os prazos para candidatura aos destacamentos por condições específicas, destacamentos para aproximação à residência familiar e para contratação, ora eu, PQZPND (Professora de Quadro de Zona Pedagógica de Nomeação Definitiva) não me englobo em nenhum desses pontos. Não estou doente, nem nada que o valha, logo não caibo nos destacamentos das condições específicas. Não posso pedir destacamento por aproximação à residência, porque nesta altura do campeonato, ainda estou no limbo e, esse é difícil de especificar geograficamente, às tantas até é próximo da residência.
Não concorro a contratação, uma vez que já sou professora efectiva de zona, portanto passo ao ponto seguinte.
2º No nº2 do Ponto VIII do Aviso 11875/2009, de 6 de Julho vêm estipulados os prazos para candidatura aos destacamentos por ausência de componente lectiva e, que eu saiba, no limbo não há nem deixa de haver componente lectiva, logo também não me enquadro aqui.
Então quando é a pôrra do prazo para os PQZP fazerem a sua afectação às escolas? Será que passamos definitivamente a fazer parte do limbo? Para sempre?....
Vou ali novamente espreitar o Aviso n.º 5432 -A/2009 (2.ª série), de abertura dos concursos, que pode ser que me esclareça.
segunda-feira, julho 06, 2009
Adeus aos meus amores que me vou....
A minha escola está metida em contentores mas eu.... que achava que ia algures prali até não me importei. Afinal voltei a ficar no limbo dos concursos: Não colocada! Agora, já nem nos contentores vou dar aulas....
Considerando o que praí vai, não é mau de todo. Eu sou das primeiras dos outros 38000 de que fala o ministério, que ainda faltam colocar e sei que vou ficar colocada na próxima volta. Se não o for, também não faz muito mal, uma vez que, como professora de QZP, sou efectiva e o ministério, por enquanto é obrigado a pagar-me o ordenado por inteiro. Fico na escola onde estou até que me seja atribuido um outro lugar algures.
O que me chateia, é que eu vou sair do limbo antes dos horários dos outros cursos, tipo CEF, Profissionais, EFA, RVCC e afins terem a sua autorização anual para abrir. Actualmente, estes cursos representam quase 50% da oferta de escolas mas, para os concursos dos docentes, ainda não existem como necessidades efectivas, o que faz com que um concurso por graduação seja pervertido logo à partida, fazendo com que os mais graduados sejam colocados nas suas últimas opções para, apenas alguns dias depois, ficarem nas suas primeiras preferências, professores que, nalguns casos, estão mais de 500 lugares atrás.
E é assim, mais um ano pendurada algures no limbo do sistema educativo. Ricardo Reis é que o dizia bem:
"Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias."
A carga pronta metida nos contentores
Adeus aos meus amores que me vou
P'ra outro mundo
É uma escolha que se faz
O passado foi lá atrás
A carga pronta metida nos contentores
Adeus aos meus amores que me vou
P'ra outro mundo
Num voo nocturno num cargueiro espacial
Não voa nada mal isto onde vou
P'lo espaço fundo
Mudaram todas as cores
Rugem baixinho os motores
E numa força invencível
Deixo a cidade natal
Não voa nada mal
Não voa nada mal
Pela certeza dum bocado de treva
De novo Adão e Eva a renascer
No outro mundo
Voltar a zero num planeta distante
Memória de elefante talvez
O outro mundo
É uma escolha que se faz
O passado foi lá atrás
E nasce de novo o dia
Nesta nave de Noé
Um pouco de fé
Considerando o que praí vai, não é mau de todo. Eu sou das primeiras dos outros 38000 de que fala o ministério, que ainda faltam colocar e sei que vou ficar colocada na próxima volta. Se não o for, também não faz muito mal, uma vez que, como professora de QZP, sou efectiva e o ministério, por enquanto é obrigado a pagar-me o ordenado por inteiro. Fico na escola onde estou até que me seja atribuido um outro lugar algures.
O que me chateia, é que eu vou sair do limbo antes dos horários dos outros cursos, tipo CEF, Profissionais, EFA, RVCC e afins terem a sua autorização anual para abrir. Actualmente, estes cursos representam quase 50% da oferta de escolas mas, para os concursos dos docentes, ainda não existem como necessidades efectivas, o que faz com que um concurso por graduação seja pervertido logo à partida, fazendo com que os mais graduados sejam colocados nas suas últimas opções para, apenas alguns dias depois, ficarem nas suas primeiras preferências, professores que, nalguns casos, estão mais de 500 lugares atrás.
E é assim, mais um ano pendurada algures no limbo do sistema educativo. Ricardo Reis é que o dizia bem:
"Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias."
A carga pronta metida nos contentores
Adeus aos meus amores que me vou
P'ra outro mundo
É uma escolha que se faz
O passado foi lá atrás
A carga pronta metida nos contentores
Adeus aos meus amores que me vou
P'ra outro mundo
Num voo nocturno num cargueiro espacial
Não voa nada mal isto onde vou
P'lo espaço fundo
Mudaram todas as cores
Rugem baixinho os motores
E numa força invencível
Deixo a cidade natal
Não voa nada mal
Não voa nada mal
Pela certeza dum bocado de treva
De novo Adão e Eva a renascer
No outro mundo
Voltar a zero num planeta distante
Memória de elefante talvez
O outro mundo
É uma escolha que se faz
O passado foi lá atrás
E nasce de novo o dia
Nesta nave de Noé
Um pouco de fé
domingo, julho 05, 2009
Às vezes é só o que apetece dizer....
.... mas de facto não sei. Apesar do link já andar por aí, os resultados ainda não se conseguem ver e eu continuo sem saber de mim....
Mais um fim de semana à espera, algures no limbo do sistema educativo....
quinta-feira, julho 02, 2009
quarta-feira, julho 01, 2009
I will miss it....
Hoje foi o último dia da minha princesa no Cepi, a creche / jardim de infância onde andaram os três queijinhos. Optei por não a inscrever para o próximo ano e arriscar ficar com ela, tal como tenho feito nestes três últimos anos, nos períodos da manhã.
Foi uma decisão longa, pensada e muito difícil de tomar. A C. ainda tem quatro anos, só faz os cinco em Setembro e, portanto, ainda tem mais um ano antes de entrar para o primeiro ciclo. A questão que se colocou foi simples: deixei de achar que era o melhor para a minha filha!
O Cepi é (era) uma das muitas creches por esse país fora que pertenciam ao Ministério da Educação e, onde um dos critérios de entrada era um dos pais trabalhar para o ministério. No geral, tanto quanto sei, eram todas excelentes escolas, com educadoras e auxiliares empenhadas e que tudo faziam para um crescimento saudável e integral das crianças que tinham à sua guarda. Todas as salas tinham duas educadoras e uma ou duas auxiliares de acção educativa, existindo ainda uma equipa de cozinha e mais algumas auxiliares para outros serviços de apoio.
Os meus rapazes foram brindados pela sorte quando lá entraram. Calharam numa sala com a MELHOR educadora do mundo, a Fatinha, que os acompanhou desde bébés até que, já com seis anos, passaram para o primeiro ciclo. Com ela aprenderam um mundo de coisas que ainda guardo na memória: as texturas, os desenhos, as letras, a partilha, os espaços, os amigos, as cores, o respeito, e, muito importante, o amor.
A Fatinha amava, ama aquilo que faz. A Fatinha conseguiu que um grupo de pais com valores, prioridades e educação diferentes se tornasse num grupo de amigos, tantas vezes inseparáveis, que planeavam e faziam actividades na escola e fora dela, nos tempos que lhes sobravam dos seus empregos. A Fatinha conseguiu que os nossos filhos fossem mais felizes e ajudou-nos a transformarmo-nos em melhores pais.
Depois de um exemplo destes uma pessoa fica mal habituada, cria expectativas que podem não ser reais e espera que a vida seja sempre assim: fácil, feliz! Não foi o que aconteceu. Quando a C. entrou para o Cepi, esteve quase um ano em que não pode ir à escola por causa dos seus ouvidos. O pediatra não passou a autorização para que ela estivesse com um grupo de bébés até que os seus tímpanos estivessem completamente sãos.
Quando finalmente pode frequentar a escola começaram as mudanças no sistema educativo. Houve o concurso de professores titulares e a Fatinha passou a titular, logo teve que regressar à escola onde era efectiva há quase duas décadas, deixando vago o lugar no Cepi que ocupava há já dezassete anos consecutivos, por destacamento. Houve o concurso de Quadros de Zona Pedagógica, com colocação para três anos, para "garantir a estabilidade dos alunos" e eu fui colocada no Barreiro, mais longe da minha casa e dos meus filhos e onde tive horário nocturno por três anos consecutivos.
Destes três anos, ao contrário dos seis anteriores, guardo na memória muitos momentos tristes. Lembro-me, por exemplo, da resposta de um dos meus colegas quando, no primeiro ano disse no grupo que eu não podia ficar com horário nocturno, por ter três filhos menores, um dos quais apenas com um ano e que ainda mamava e porque o pai também tinha horário nocturno. Paciência, vais ter que arranjar alguém para ficar com eles!
Lembro-me dos meus rapazes, no início do segundo ano, prontos para irem para a casa da avó porque a mãe ia para a escola e só os voltava a ver na próxima manhã, de mochila às costas e de lágrima no olho dizerem: oh mãe, pede lá ao teu director para no próximo ano teres um horário para poderes ficar connosco! Lembro-me do meu peito a explodir de saudades dos meus filhos e das suas vozes a pedirem para irem comigo ou para eu ficar e faltar ao emprego. Lembro-me de apagar as velas dos seus anos ao meio dia, a correr, porque não ia estar com eles no dia dos seus anos.
E da C. as memórias são idênticas. Lembro-me sobretudo dos primeiros tempos quando, assim que chegava, ela se agarrar a mim, pronta para mamar, chorando assim que a punha na cama dela. As noites passaram a ser a três, com ela sempre presente na nossa cama e, muitas vezes a cinco, quando os rapazes não conseguiam dormir e se vinham aconchegar entre nós.
Nós. Nós fomos perdendo os tempos juntos. O Z. mudou para o horário diurno, passou a sair de casa às seis da manhã, eu passei a entrar à uma. Falávamos a correr um com o outro, resolvíamos a correr os assuntos dos filhos, dos empregos, das compras. Passámos a ter uma vida a correr, sempre em contra-horário, sempre com a sensação que apenas faltava um bocadinho para tropeçar e cair.
Passámos a ser duas famílias monoparentais dentro do mesmo tecto, eu de manhã e o Z. à noite, sem tempo para conjugar ou falar de perspectivas de vida, sem tempo para decidir em conjunto, fazendo opções individuais, tantas vezes contrárias aquilo que o outro quereria.
Adaptámo-nos finalmente, tanto nós como os miúdos. Optámos por, sempre que possível, os ter connosco durante as manhãs, guardando o tempo , esse bocadinho tão pequenino de tempo, apenas para eles. Na escola, onde era esperado que a C. entrasse até às dez, abriu-se a excepção de poder chegar apenas à hora do almoço. A consequência imediata foi natural. A C. não fazia as actividades que os outros meninos faziam, a C. não aprendia as coisas que os outros meninos aprendiam, porque não estava presente.
Apesar de ter tido excelentes educadoras e auxiliares, sempre compreensivas com esta situação, não se estabeleceu a relação de partilha como foi com a Fatinha. Também não se conseguiu que a relação entre pais que partilham um espaço dos filhos em comum se tornasse numa relação de amizade. Eu não conhecia a maioria dos pais, mal sabia os nomes dos colegas da C., mal falava com as educadoras e auxiliares. Não assistia às reuniões de pais porque decorriam às 18,30h, quando os restantes pais estavam livres e quando eu já estava na escola ou a caminho da escola.
Apesar de todos estes contratempos, a vida fazia-se, andava, recomeçava devagarinho a encontrar o ponto de equilíbrio mas.... e há sempre um mas, os Cepis desapareceram. Estas escolas passaram a estar integradas nos Agrupamentos de escolas do Ministério da Educação com uma primeira consequência que pôs todos em estado de choque:
a sala dos bébés fecha, apenas se garante lugar aos meninos que já têm três anos e, quando estes completarem os seis, não se sabe se a escola continua a existir!;
paralelamente, como consequência do fecho da sala dos bébés, tiveram que sair duas educadoras. A responsável da escola E., passou então a ser uma das educadoras permanentes da sala, apesar de continuar a ter a seu cargo muitos dos processos burocráticos com que o Ministério prima em nos brindar.
A C. ficou numa sala com a E. e mais uma educadora. O acordo anteriormente estabelecido passou a ser um caso muito complicado de resolver. A C. tinha mesmo que entrar até às 9,30h! Era assim, era a regra e não havia volta a dar. Eu, como mãe, fiz aquilo que achei melhor, fui sempre dizendo que sim, sim senhora, eu levo a C. até às 9,30h e levava-a apenas à hora do almoço, quando achava que ela já tinha estado um bocadinho de tempo com a sua família.
Todos estes obstáculos e senãos conduziram a que me fosse afastando da escola e a escola se fosse afastando de mim. Várias foram as vezes em que não soube de actividades atempadamente por falta de diálogo quer da minha parte, quer da parte da escola. Várias foram as vezes em que houve mal- entendidos por recados dados pela escola não me terem chegado ou por recados meus não terem chegado aos responsáveis que deles deveriam tomar conhecimento. Várias foram as vezes em que falhei os tempos para responder a solicitações da escola e, por isso, mais afastada fiquei.
Da festa de final de ano, em que a C. era finalista, quase nada soube. Ao contrário do que aconteceu com os rapazes, a minha ajuda, como mãe de uma aluna finalista não foi solicitada por ninguém. Não soube qual o tema da festa, não soube qual a surpresa que iríamos fazer aos nossos filhos, nem aos seus educadores. Não fui solicitada, nem entrei em nenhum dos jogos que sempre acontecem neste dia.
Apenas soube o tema da festa no próprio dia e, fui informada da roupa que ela deveria levar no dia anterior, a altas horas da noite. O meu horário não me permitia ficar na festa depois das 16,30h e, por isso, quando lá cheguei, dirigi-me às educadoras dela para as informar de que não poderia ficar, a minha mãe ficaria em meu lugar. Pedi dois minutos de atenção para lhes dizer que a C. iria ter quinze dias de actividades desportivas, juntamente com os irmãos na minha escola. Tive direito a meio minuto, onde simultaneamente me perguntaram quem iria dançar com ela, e se eu não tinha estado nos ensaios. Nem sabia desses ensaios!
Rapidamente perguntei à minha sobrinha se dançava com ela e levei-a junto de uma das educadoras, simultaneamente mãe de finalista, para a informar de que ela seria o par da C. Soube então que havia dois tipos de finalistas: aqueles que iam para o primeiro ciclo e que iam dançar e aqueles que saiam antes dos seis anos e que, por isso, não faziam parte destas actividades. Fiquei estupefacta, sem palavras!
A C. não deve e não pode ser apanhada neste emaranhado de confusões, de obrigações, de mal- entendidos. A C. precisa de estabilidade, de saber com o que pode contar. A C. precisa de calma para crescer e para aprender e, por isso, a C. vai ficar comigo e com a minha mãe, assumindo nós a responsabilidade de a ver crescer e aprender num ambiente são e calmo. Espero estar a tomar a decisão correcta.
E apesar de todos os contratempos, a C. divertiu-se imenso na festa de finalistas e vinha orgulhosa da sua participação, juntamente com todos os outros meninos da valência do jardim de infância.
Foi uma decisão longa, pensada e muito difícil de tomar. A C. ainda tem quatro anos, só faz os cinco em Setembro e, portanto, ainda tem mais um ano antes de entrar para o primeiro ciclo. A questão que se colocou foi simples: deixei de achar que era o melhor para a minha filha!
O Cepi é (era) uma das muitas creches por esse país fora que pertenciam ao Ministério da Educação e, onde um dos critérios de entrada era um dos pais trabalhar para o ministério. No geral, tanto quanto sei, eram todas excelentes escolas, com educadoras e auxiliares empenhadas e que tudo faziam para um crescimento saudável e integral das crianças que tinham à sua guarda. Todas as salas tinham duas educadoras e uma ou duas auxiliares de acção educativa, existindo ainda uma equipa de cozinha e mais algumas auxiliares para outros serviços de apoio.
Os meus rapazes foram brindados pela sorte quando lá entraram. Calharam numa sala com a MELHOR educadora do mundo, a Fatinha, que os acompanhou desde bébés até que, já com seis anos, passaram para o primeiro ciclo. Com ela aprenderam um mundo de coisas que ainda guardo na memória: as texturas, os desenhos, as letras, a partilha, os espaços, os amigos, as cores, o respeito, e, muito importante, o amor.
A Fatinha amava, ama aquilo que faz. A Fatinha conseguiu que um grupo de pais com valores, prioridades e educação diferentes se tornasse num grupo de amigos, tantas vezes inseparáveis, que planeavam e faziam actividades na escola e fora dela, nos tempos que lhes sobravam dos seus empregos. A Fatinha conseguiu que os nossos filhos fossem mais felizes e ajudou-nos a transformarmo-nos em melhores pais.
Depois de um exemplo destes uma pessoa fica mal habituada, cria expectativas que podem não ser reais e espera que a vida seja sempre assim: fácil, feliz! Não foi o que aconteceu. Quando a C. entrou para o Cepi, esteve quase um ano em que não pode ir à escola por causa dos seus ouvidos. O pediatra não passou a autorização para que ela estivesse com um grupo de bébés até que os seus tímpanos estivessem completamente sãos.
Quando finalmente pode frequentar a escola começaram as mudanças no sistema educativo. Houve o concurso de professores titulares e a Fatinha passou a titular, logo teve que regressar à escola onde era efectiva há quase duas décadas, deixando vago o lugar no Cepi que ocupava há já dezassete anos consecutivos, por destacamento. Houve o concurso de Quadros de Zona Pedagógica, com colocação para três anos, para "garantir a estabilidade dos alunos" e eu fui colocada no Barreiro, mais longe da minha casa e dos meus filhos e onde tive horário nocturno por três anos consecutivos.
Destes três anos, ao contrário dos seis anteriores, guardo na memória muitos momentos tristes. Lembro-me, por exemplo, da resposta de um dos meus colegas quando, no primeiro ano disse no grupo que eu não podia ficar com horário nocturno, por ter três filhos menores, um dos quais apenas com um ano e que ainda mamava e porque o pai também tinha horário nocturno. Paciência, vais ter que arranjar alguém para ficar com eles!
Lembro-me dos meus rapazes, no início do segundo ano, prontos para irem para a casa da avó porque a mãe ia para a escola e só os voltava a ver na próxima manhã, de mochila às costas e de lágrima no olho dizerem: oh mãe, pede lá ao teu director para no próximo ano teres um horário para poderes ficar connosco! Lembro-me do meu peito a explodir de saudades dos meus filhos e das suas vozes a pedirem para irem comigo ou para eu ficar e faltar ao emprego. Lembro-me de apagar as velas dos seus anos ao meio dia, a correr, porque não ia estar com eles no dia dos seus anos.
E da C. as memórias são idênticas. Lembro-me sobretudo dos primeiros tempos quando, assim que chegava, ela se agarrar a mim, pronta para mamar, chorando assim que a punha na cama dela. As noites passaram a ser a três, com ela sempre presente na nossa cama e, muitas vezes a cinco, quando os rapazes não conseguiam dormir e se vinham aconchegar entre nós.
Nós. Nós fomos perdendo os tempos juntos. O Z. mudou para o horário diurno, passou a sair de casa às seis da manhã, eu passei a entrar à uma. Falávamos a correr um com o outro, resolvíamos a correr os assuntos dos filhos, dos empregos, das compras. Passámos a ter uma vida a correr, sempre em contra-horário, sempre com a sensação que apenas faltava um bocadinho para tropeçar e cair.
Passámos a ser duas famílias monoparentais dentro do mesmo tecto, eu de manhã e o Z. à noite, sem tempo para conjugar ou falar de perspectivas de vida, sem tempo para decidir em conjunto, fazendo opções individuais, tantas vezes contrárias aquilo que o outro quereria.
Adaptámo-nos finalmente, tanto nós como os miúdos. Optámos por, sempre que possível, os ter connosco durante as manhãs, guardando o tempo , esse bocadinho tão pequenino de tempo, apenas para eles. Na escola, onde era esperado que a C. entrasse até às dez, abriu-se a excepção de poder chegar apenas à hora do almoço. A consequência imediata foi natural. A C. não fazia as actividades que os outros meninos faziam, a C. não aprendia as coisas que os outros meninos aprendiam, porque não estava presente.
Apesar de ter tido excelentes educadoras e auxiliares, sempre compreensivas com esta situação, não se estabeleceu a relação de partilha como foi com a Fatinha. Também não se conseguiu que a relação entre pais que partilham um espaço dos filhos em comum se tornasse numa relação de amizade. Eu não conhecia a maioria dos pais, mal sabia os nomes dos colegas da C., mal falava com as educadoras e auxiliares. Não assistia às reuniões de pais porque decorriam às 18,30h, quando os restantes pais estavam livres e quando eu já estava na escola ou a caminho da escola.
Apesar de todos estes contratempos, a vida fazia-se, andava, recomeçava devagarinho a encontrar o ponto de equilíbrio mas.... e há sempre um mas, os Cepis desapareceram. Estas escolas passaram a estar integradas nos Agrupamentos de escolas do Ministério da Educação com uma primeira consequência que pôs todos em estado de choque:
a sala dos bébés fecha, apenas se garante lugar aos meninos que já têm três anos e, quando estes completarem os seis, não se sabe se a escola continua a existir!;
paralelamente, como consequência do fecho da sala dos bébés, tiveram que sair duas educadoras. A responsável da escola E., passou então a ser uma das educadoras permanentes da sala, apesar de continuar a ter a seu cargo muitos dos processos burocráticos com que o Ministério prima em nos brindar.
A C. ficou numa sala com a E. e mais uma educadora. O acordo anteriormente estabelecido passou a ser um caso muito complicado de resolver. A C. tinha mesmo que entrar até às 9,30h! Era assim, era a regra e não havia volta a dar. Eu, como mãe, fiz aquilo que achei melhor, fui sempre dizendo que sim, sim senhora, eu levo a C. até às 9,30h e levava-a apenas à hora do almoço, quando achava que ela já tinha estado um bocadinho de tempo com a sua família.
Todos estes obstáculos e senãos conduziram a que me fosse afastando da escola e a escola se fosse afastando de mim. Várias foram as vezes em que não soube de actividades atempadamente por falta de diálogo quer da minha parte, quer da parte da escola. Várias foram as vezes em que houve mal- entendidos por recados dados pela escola não me terem chegado ou por recados meus não terem chegado aos responsáveis que deles deveriam tomar conhecimento. Várias foram as vezes em que falhei os tempos para responder a solicitações da escola e, por isso, mais afastada fiquei.
Da festa de final de ano, em que a C. era finalista, quase nada soube. Ao contrário do que aconteceu com os rapazes, a minha ajuda, como mãe de uma aluna finalista não foi solicitada por ninguém. Não soube qual o tema da festa, não soube qual a surpresa que iríamos fazer aos nossos filhos, nem aos seus educadores. Não fui solicitada, nem entrei em nenhum dos jogos que sempre acontecem neste dia.
Apenas soube o tema da festa no próprio dia e, fui informada da roupa que ela deveria levar no dia anterior, a altas horas da noite. O meu horário não me permitia ficar na festa depois das 16,30h e, por isso, quando lá cheguei, dirigi-me às educadoras dela para as informar de que não poderia ficar, a minha mãe ficaria em meu lugar. Pedi dois minutos de atenção para lhes dizer que a C. iria ter quinze dias de actividades desportivas, juntamente com os irmãos na minha escola. Tive direito a meio minuto, onde simultaneamente me perguntaram quem iria dançar com ela, e se eu não tinha estado nos ensaios. Nem sabia desses ensaios!
Rapidamente perguntei à minha sobrinha se dançava com ela e levei-a junto de uma das educadoras, simultaneamente mãe de finalista, para a informar de que ela seria o par da C. Soube então que havia dois tipos de finalistas: aqueles que iam para o primeiro ciclo e que iam dançar e aqueles que saiam antes dos seis anos e que, por isso, não faziam parte destas actividades. Fiquei estupefacta, sem palavras!
A C. não deve e não pode ser apanhada neste emaranhado de confusões, de obrigações, de mal- entendidos. A C. precisa de estabilidade, de saber com o que pode contar. A C. precisa de calma para crescer e para aprender e, por isso, a C. vai ficar comigo e com a minha mãe, assumindo nós a responsabilidade de a ver crescer e aprender num ambiente são e calmo. Espero estar a tomar a decisão correcta.
E apesar de todos os contratempos, a C. divertiu-se imenso na festa de finalistas e vinha orgulhosa da sua participação, juntamente com todos os outros meninos da valência do jardim de infância.
Subscrever:
Mensagens (Atom)