Crónica 1
Desde o meu ano de estágio, na famosa escola da Bela Vista, em Setúbal, que dou aulas de porta aberta. Aprendi com os excelentes colegas que lá tive que essa é uma das melhores formas de controlar barulhos, maus comportamentos ou seja o que for desse género. Não sei se é verdade ou não, mas o facto de estarmos expostos à escola dentro da nossa sala, tem-se mostrado muito bom na gestão da aula. Raramente tenho problemas disciplinares com os alunos e, nos casos em que há comportamentos menos adequados, a coisa resolve-se com cinco minutos de conversa e não passa disso mesmo uma parvoíce que durou os seus cinco minutos de vida.
Este ano, como vem sendo costume, não fecho as minhas salas de aula, nunca fecho a porta! Ora pois, um destes dias, ia eu dar aula no espaço exterior da escola, vulgo a minha Horta Pedagógica mas, por ser com uma turma dos cursos de educação e formação, resolvi organizar o trabalho e os grupos dentro da sala de aula que me está atribuida naquele período lectivo. Organizei os grupos de trabalho como sempre faço. Chamei três alunos para o quadro, porque precisava de três grupos nesse dia e eles foram um a um escolhendo os seus colegas. Quando estava a apontar no caderno quais os alunos que pertenciam a cada grupo, oiço um grande berro: "Tu, larga imediatamente esse bocado de giz....". Eu e todos os alunos viramo-nos, espantados para a porta. Lá estava uma das auxiliares de educação do bloco e, assim que viu a aluna em causa olhar para ela, repetiu: "Sim, é contigo mesmo, quem te disse que podes estar a escrever no quadro?"
Será possível isto? Estou a ver bem a coisa?
Crónica 2
A escola concorreu há dois anos aquele projecto CRIE para adquirir computadores portáteis. Foram-nos atribuidos 24 computadores que estão na biblioteca, de onde podem ser requisitados para utilização com as diferentes turmas. Nos cursos CEF costumo, semana sim, semana não, requisitar os computadores para que os alunos trabalhem on line, num blog criado para a disciplina, onde está toda a informação necessária, e aonde eles vão construindo os seus próprios materiais. A rede wireless da escola apenas chega a dois dos blocos e, sorte a minha, não existe em qualquer dos blocos onde lecciono estas turmas, por isso, costumo ir avisar as auxiliares de educação do bloco de que nessa hora irei para a sala de estudo, onde, além do professor/es que lá estão a cumprir serviço, não costuma estar mais ninguém. Hoje, durante a minha aula que decorria nesse espaço, entra uma das auxiliares de educação do bloco e este foi o diálogo entre nós: Professora, está no seu tempo de sala de estudo? Respondo-lhe que não, que estou a dar uma aula normal, do meu horário.
E tem autorização para vir para a sala de estudo?, respondo-lhe que avisei no bloco onde deveria estar.
Mas perguntou à professora do C.E. se podia vir?, ao que respondi: Não, mas agora preciso de autorização para vir para a sala de estudo?
Sabe, professora, se vem para aqui com os seus alunos, depois vai perturbar os professores que estão aqui a cumprir horário
Será que eu ouvi bem?
6 comentários:
SEM comentários!! como é que tens paciência?:D
Pois que não sei....
:))
Realmente, o que é que esta gente pensa? Desde quando é que se pode escrever num quadro?
E quem é que as pessoas pensam que são para incomodar o pessoal que tá a fazer horas, e ainda por cima com trabalho? É que sinceramente, eu quando estou ocupado, nomeadamente a fazer nada, incomoda-me solenemente que as outras pessoas ao meu lado trabalhem. É chato.
LOL, ROTFL
Isto há com cada uma...
Será para rir, chorar ou melhor, mandarmo-nos da janela?
Espero que esteja tudo a correr bem, à parte destes infelizes acontecimentos!
Cumprimentos
Ora bem, os chamados "auxiliares de educação", não são os continuos? empregadas(os) de limpeza e afins? humm.... e receberam formação para este nome pomposo ou não?
hehehehehehehehhehehe
paciência minha querida! bêjos da Jarreta
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