sábado, fevereiro 11, 2006

Último Acto em Lisboa de Robert Wilson

Belíssimo livro, bookring da jarreta.
"Um banco português é fundado com capital de pilhagens nazis.
Mais de meio século depois uma adolescente é assassinada em Lisboa.
1941. Klaus Felsen, obrigado a deixar a sua fábrica de Berlim e a alistar-se nas SS, chega a uma Lisboa iluminada para a mais estranha festa da História, onde nazis e Aliados, refugiados e especuladores dançam ao compasso do oportunismo e do desespero. A missão de Felsen leva-o às desoladas serranias do Norte, onde está a ser travada uma luta traiçoeira e sem quartel por um elemento vital à blitzkrieg de Hitler. Aí encontra o homem que põe em movimento a roda de ambição e vingança que continuará a girar até ao fim do século.
Final dos anos 90, Lisboa. O inspector Zé Coelho, um inconformista no mundo fechado da Polícia Judiciária, investiga o assassinato duma adolescente com um inquietante passado sexual. Seguindo as pistas vai revolver o solo escuro da História e encontrar velhas ossadas. A revolução de 1974, ainda fresca na memória, não pôs fim a todas as injustiças do regime fascista.
Mas há uma injustiça maior e mais antiga da qual este crime é a atroz reparação, e no seu último esforço para desenterrar a verdade, Zé Coelho tem de enfrentar a mais frustrante das oposições.
Um policial literário, complexo e absolutamente arrebatador, por um dos nossos mais excitantes jovens autores."

O que mais gostei neste livro foi a história andar para a frente e para trás no tempo. E isto foi feito de forma fabulosa. Ao contrário de outros livros que também saltam no tempo, neste faz sentido, tudo faz sentido. Gostei muito do inspector Zé Coelho, do seu humanismo e da sua relação com a filha e com o Carlos. E Felsen, deixou-me presa do primeiro ao último paragrafo, pensei sempre, quase até ao fim que estaria envolvido no assassinato de Catarina...
...venham mais destes.

1 comentário:

Cenoura disse...

Também li esse livro recentemente (no fim de 2005) e gostei muito.
Tinham-me emprestado o Cego de Sevilha e não resisti a procurar mais do mesmo autor.
Robert Wilson foi uma bela descoberta.
:)