.... mas ao contrário de anos anteriores, esta não se realizou pois um dos professores do conselho de turma estava em greve. No entanto é de notar que, apesar de estar em greve, o professor em questão encontrava-se na escola a trabalhar. Exactamente! Apesar de estar em greve, e portanto ter o respectivo corte no salário, o professor em questão continuou a cumprir as tarefas que lhe estão delegadas. Porquê? Porque como para a maioria de nós, esse professor se recusa a baixar os braços e a aceitar esta vergonha que querem fazer à educação em Portugal mas, no entanto, não perde o seu brio profissional.
Ele, tal como a maioria de nós, não reclama porque teve cortes no seu salário, mas sim, porque sabe que às quarenta horas de horário semanal, se vão juntar outras tantas de trabalho de casa, de serões, de fins de semana e de férias roubados à sua família. Ele, tal como tantos de nós, sabe que as horas da direcção de turma que agora saem da componente lectiva, implicarão mais uma turma de trinta alunos no seu horário semanal com o respectivo trabalho de casa acrescido. Ele, tal como tantos de nós, sabe que não é possível continuar a primar pelo rigor e exigência aos seus alunos, mantendo a qualidade do ensino por que sempre primou, quando lhe retiram o número de horas semanais mas mantêm os mesmos programas nas disciplinas. Ele, tal como tantos de nós, sabe que quando lhe retiram tempo de preparação, de pesquisa, e de correcção dos materiais dos seus alunos e aumentam o número de turmas, tornam o ensino de tal maneira impessoal que o impedem de conseguir chegar a todos os alunos. Ele, tal como tantos de nós, sabe que se cruzar os braços e não fizer nada, quem perde são os alunos e, por isso, recusa-se a fazê-lo.
E já agora, por favor, não venham para aqui com falsos moralismos, paternalismos e justificações de que nós, os professores, estamos a comprometer o futuro dos vossos filhos, pois é exactamente por causa dos vossos e dos nossos filhos que nós nos recusamos a baixar os braços e a deixar andar. Não nos dêem mais música que já não nos convencem.
Ele, tal como a maioria de nós, não reclama porque teve cortes no seu salário, mas sim, porque sabe que às quarenta horas de horário semanal, se vão juntar outras tantas de trabalho de casa, de serões, de fins de semana e de férias roubados à sua família. Ele, tal como tantos de nós, sabe que as horas da direcção de turma que agora saem da componente lectiva, implicarão mais uma turma de trinta alunos no seu horário semanal com o respectivo trabalho de casa acrescido. Ele, tal como tantos de nós, sabe que não é possível continuar a primar pelo rigor e exigência aos seus alunos, mantendo a qualidade do ensino por que sempre primou, quando lhe retiram o número de horas semanais mas mantêm os mesmos programas nas disciplinas. Ele, tal como tantos de nós, sabe que quando lhe retiram tempo de preparação, de pesquisa, e de correcção dos materiais dos seus alunos e aumentam o número de turmas, tornam o ensino de tal maneira impessoal que o impedem de conseguir chegar a todos os alunos. Ele, tal como tantos de nós, sabe que se cruzar os braços e não fizer nada, quem perde são os alunos e, por isso, recusa-se a fazê-lo.
E já agora, por favor, não venham para aqui com falsos moralismos, paternalismos e justificações de que nós, os professores, estamos a comprometer o futuro dos vossos filhos, pois é exactamente por causa dos vossos e dos nossos filhos que nós nos recusamos a baixar os braços e a deixar andar. Não nos dêem mais música que já não nos convencem.